Relato reflexivo dos temas do Gestar II
No período de 14 a 17 de abril de 2009 realizamos as atividades primeiras do Programa Gestar II nas cidades de Água Boa/Nova Nazaré e Cocalinho. Embora tivéssemos que atender a professores de três municípios, decidimos que por os professores da cidade de Nova Nazaré participariam do curso junto com os professores de Água Boa. Desta forma não se precisaria repetir as mesmas atividades em três localidades diferentes. Neste primeiro encontro realizamos duas oficinas de 4 horas cada e as mesmas se prestaram ao seguinte: apresentação do Professor Formador e do quadro de profissionais do CEFAPRO. Na ocasião este órgão encontrava-se em processo de reestruturação do seu quadro de funcionários e muitos dos formadores – incluído a mim – não eram conhecidos dos professores das escolas acompanhadas pelo CEFAPRO de Barra do Garças. Daí a razão de termos apresentado tal quadro. Realizamos uma dinâmica de apresentação (cursistas) “Colar expectativas e contribuições” . (Contribuição de Lilian). Na sequencia procedeu-se a apresentação da estrura do Programa Gestar II,apresentação do Guia Geral ,entrega das fichas do Professor Cursista e estudos sobre portfólio.O contato do professor cursista com o material de estudo (TPs, AAA do aluno e AAA do professor) a princípio se deu apenas de forma visual pois o material ainda não havia chegado às escolas. Além disso, discutiu-se ainda, cronograma das oficinas; Lições de casa / socializando, esclarecimentos sobre as oficinas esclarecimentos de dúvidas e diversas. Finalmente procedeu-se preenchimento de ficha avaliativa da etapa. (para meu controle)
A partir do segundo encontro passamos, então, a utilizar todo o material impresso, agora disponível também para os cursistas. Seguindo as recomendações dadas pelo Prof. Maurício, formador responsável pelo Gestar de língua portuguesa em nosso estado, iniciamos nossos estudos pelo TP 3. Sabe-se que a Nova Proposta Curricular de Mato Grosso, em fase de construção, e mesmo os Parâmetros Curriculares Nacionais, em vigor há algum tempo, apontam como possibilidade de o uso dos gêneros literários como um dos meios de ensino e aprendizagem capazes de render os melhores resultados para nossos alunos. No que diz respeito à prática docente, novos desafios se apresentam, e tornam evidente a necessidade de que o professor se aproprie dos conhecimentos teóricos produzidos sobre gêneros textuais e tipologia textual para ampliar as possibilidades de aprendizagem de seus alunos. Além disso, é preciso que ele consiga fazer com clareza e eficiência a transposição didática dos saberes científicos para que a aprendizagem aconteça numa interação entre informação, conhecimento e saberes múltiplos. Todavia, nem sempre nossas experiências com o saber são bem sucedidas. Deparamo-nos, algumas vezes com o insucesso nas escolas, onde a reprovação, a evasão e os baixos níveis de aprendizagem e a pouca participação dos pais no cotidiano da escola são indicativos do fracasso escolar.Penso que a metodologia desse programa nos fornece excelentes dicas de como melhorar a aprendizagem dos discentes e auxiliar outros professores, tornando o processo ensino e aprendizagem mais significativos.
Confiante no programa e em mim, mas ansioso, procuro motivar e interagir com os cursistas na intenção auxiliá-los construção do conhecimento e de uma nova prática de ensino. Os encontros acontecem de forma bem agradável, pois há participação e apreensão das atividades propostas.
Durante os encontros reservo uma parte do tempo para a socialização das atividades aplicadas em sala de aula. Que momento ímpar poder ouvir os discursos dos professores! Todo o material apresentado e produzido pelos cursistas como atividades feitas pelos alunos, relatórios, avaliação do TP faz parte do portfólio de cada um.Trabalhei o TP 3, procurando seguir as orientações recebidas durante a capacitação, fazendo leituras e pesquisas, explanando tópicos , realizando atividades individuais e em grupos, ou seja, enfocando todos os passos.
Os cursistas reconhecem a qualidade e aplicabilidade do material, e relatam que as atividades nas salas de aulas estão promovendo algumas mudanças. Eles afirmam que são momentos para trocar e aprimorar as experiênciasvivenciadas, além de propor alternativas para melhorar os resultados. São, também, aulas diferentes que estamos proporcionando para nossos alunos. O TP3 e o AAA3 são excelentes suportes, com linguagem fácil aplicável e diversidade de textos para o aprimoramento do fazer pedagógico. Alguns entraves são apresentados como o pouco tempo para a leitura e o desenvolvimento e avaliação das atividades do TP. Algumas literaturas citadas nas referências são desconhecidas para os cursistas. Sabe-se que ainda pairam muitas dúvidas não só no nível conceitual, mas também em relação à prática da sala de aula, na perspectiva dos gêneros textuais como objetos de ensino e aprendizagem.
O TP 4 tratou dos processos de leitura e escrita, iniciando com um texto sobre leitura, escrita e cultura e seguindo, nas unidades 14 e 15, com a discussão sobre processos de leitura. Para finalizando o caderno, tem-se a unidade 16, que relaciona as crenças e os fazeres na produção textual. A temática em estudo neste caderno é para mim uma daquelas mais importantes dentro do processo de aprendizagem. Parto do princípio de que saber ler e escrever são pré-requisitos básicos para o exercício da cidadania, é sabido que a sociedade está exigindo muito mais do que isso. É preciso ir além do código escrito. Faz-se necessário usar a leitura e a escrita no dia-a-dia, quer no papel, na tela, nos meios eletrônicos, em qualquer outro suporte e apropriar-se da função sintática delas.Então é oportuno ler, pesquisar, estudar a relação entre a cultura e os seus usos sociais e funções da escrita nos contextos em que vivemos assim como sua importância para o ensino. Além disso, é necessário refletir sobre os usos e funções da mesma, relacionar o letramento com as práticas culturais e produzir atividades de preparação para a escrita, considerando a cultura local, regional e a nacional.
No encontro em que estudamos a TP4 as leituras realizadas dão conta de que no trabalho com a leitura é fundamental observar, discutir e reconhecer o texto e o leitor como criadores de significados. Ficou claro também que é necessário relacionar objetivos elencados com diferentes textos e significados e conhecer a amplitude e o papel do conhecimento prévio que ato de ler compreende. Com essa perspectiva cabe à escola, sobretudo, desenvolver as competências de leitura e escritura como ações interrelacionadas. Parece ser esse o grande desafio dos cursistas que desejam ressignificar suas praticas. Há que se realizar diversas atividades que propiciem o desenvolvimento das habilidades de compreensão, leitura e produção textual até chegar a ler para aprender, ler para escrever, ler para viver e conviver.
Tudo o que lemos e escrevemos é um retrato significativo que envolve ações e interações sociocomunicativas. A expressão oral e escrita vem marcada de estilo e traços inconfundíveis que permitem a identificação do leitor e suas experiências como falante/escritor de seu meio. Os cursistas do gestar II tiveram a oportunidade de identificar, analisar e melhorar suas compreensões acerca de tais características textuais com a leitura da TP5, o referido caderno mostra que língua portuguesa é riquíssima em expressividade e os recursos são inúmeros, mas esse estudo ateve-se a quatro aspectos: som, palavra, frase e enunciação.Outro aspecto a que foi objeto de estudo e bastante exercitado nas oficinas que realizamos sobre a TP 5 é a interligação harmoniosa entre as partes de um discurso, de um texto, a fim de qualificar a compreensão, a inteligibilidade. Vimos que a coerência está ligada ao sentido do texto e quem atribui essa marca não é o escritor, mas sim o interlocutor. Logo o conhecimento de mundo se articula com o contexto linguístico. Quanto mais fácil for para o leitor/ouvinte perceber a boa organização das informações, mais simples será para compreender e interpretar o texto. No trabalho que realizamos com frases de jornais cuja redação apresentava falhas, verificamos que juntamente com a coerência, a coesão é responsável por manter a continuidade significativa das palavras de um autor. Em função delas, um texto não é um amontoado de palavras, mas é uma unidade de sentido.Para uma boa construção textual, a coerência e a coesão são responsáveis pela interpretação significativa e coerente de um texto. Então, torna-se necessário desenvolver atividades com a linguagem que nos mostrem o seu uso de forma lógica e harmônica, construindo assim a textualidade.A realização dos estudos propostos e execução dos exercícios levou o grupo a concluir que contribuir para aperfeiçoar o ato de ler e escrever requer planejamento, exercícios, leituras múltiplas e a certeza de que os gêneros textuais são relevantes na construção lógica do texto.
No TP 6, tivemos a continuidade do trabalho com gêneros com o estudo da argumentação e retomamos a produção textual, tratando das fases de planejamento, escrita, revisão e edição.
Nossos estudos começaram pelo texto argumentativo e, à medida que nos aprofundávamos no conteúdo, mais rico ele se mostrava, mais instigante e desafiante. Houve participação significativa dos cursistas, que encontraram exemplos práticos de argumentos, relacionando-os aos que estavam sendo estudados no TP, e que bem poderiam ser utilizados na conceituação de textos argumentativos pelos alunos durante uma aula expositiva. A praticidade experimentada pelos cursistas mostrou que as habilidades no trabalho com argumentação é de fácil compreensão quando partimos de modelos simples e próximos da realidade do interlocutor, seu conhecimento prévio e a proximidade com aquilo que ele conhece de mundo; é assim com o aluno. Quanto ao poder de persuasão ou convencimento, que o aluno identificará na linguagem verbal e não-verbal dos textos, será adquirido à medida que que forem se familiarizando com os diversos tipos de argumentos usados nas suas diversas funções sociocomunicativas. Uma apresentação em Power point intitulada Texto argumentativo dissertativo, elaborada por mim, serviu de complemento para melhor compreensão da unidade. Em seguida, os cursistas escolheram e retiraram um dos objetos que estavam em uma bolsa, (Detalhe: todos os objetos estavam com defeito) com a missão de, em dupla ou trio, produzir uma propaganda do produto, escolhendo argumentos convincentes e adequados a um determinado público e o suporte como mais uma estratégia para vender tal produto. O resultado foi um festival de risadas, se viu muita criatividade e a comercialização de objetos estranhíssimos e totalmente inutilizados, por isso mesmo os argumentos precisavam ser “mais que convincentes”.
A continuidade do estudo do TP6 aconteceu no mesmo encontro, no período da tarde. Estivemos realizando a oficina 12(unidades 24) que do processo de produção textual, com destaque para aspectos como revisão e edição. Foi um momento de extrema importância, por oportunizar que todos pudessem aprofundar seus conhecimentos sobre as etapas de produção textual. Vimos que a revisão é uma das etapas da produção que requer mais esforço para ser aprendida e utilizada pois requer prática de estratégias de releitura, reflexão e análise por parte do escritor que completa o trabalho quando desenvolve a edição, uma última revisão e reestruturação do texto. Do mesmo modo que fizemos ao trabalhar a argumentação, complementamos as informações estudadas na TP 6 com uma apresentação em Power Point, desta vez a tal apresentação recebeu o título de Reflexão acerca da leitura e da escrita. Após a leitura e análise das atividades propostas utilizamos o vídeo Aprende a aprender (que recebi por e-mail de Lilian uma colega formadora) que mostra de forma bem esclarecedora a postura que deve ser adotada por professor e aluno diante de uma situação de aprendizagem.
Nas ações e oficinas realizadas o grupo de cursistas de Cocalinho tiveram desempenho e participação semelhantes aos do grupo de Água Boa , a diferença é que lá, pelo fato de os professores estarem participando de outro evento, foi necessário realizar as oficinas no período da noite.
Os professores cursistas se mostraram bastantes interessados em moldar suas atuações em conformidade com aquilo que é proposto pela TP 6. Para mim a prática do que é proposto pode trazer excelentes resultados ao processo de produção escrita.
A cada encontro, avalio de forma mais positiva a metodologia do gestar e percebo o quanto é importante para os educadores compartilhar suas angústias, suas fraquezas, inseguranças e, acima de tudo, suas experiências que surtiram bons resultados, pois não há nada mais gratificante para um educador que o sucesso do seu educando.
Oficinas 1 e 2, TP 1 – (Dias 19 a 23 de Outubro) Nas duas localidades (Água Boa e Cocalinho) o desenvolvimento das oficinas seguiu um mesmo protocolo. Iniciamos o encontro com uma mensagem denominada “Professor...”, a intenção foi refletir sobre o ofício e homenagear estes profissionais que tanto tem contribuído para o progresso de seus alunos. Na sequência iniciamos os relatos das experiências e dos aspectos facilitadores ou dificultadores encontrados pelos cursistas durante a execução das atividades propostas.
Ao tratar sobre Variantes lingüísticas procedemos a uma rápida releitura das duas primeiras unidades da TP 1. Detivemos-nos um pouco mais nos aspectos que careceram mais esclarecimentos e complementamos com uma apresentação em slide denominada variedades-linguisticas1, nela procurou-se ilustrar diversas situações em que se identifica variantes lingüísticas. Como proposta de atividade deu-se preferência ao que trás a p. 169 da TP1. Sobre intertextualidade procedemos a releitura da mesma maneira que se fez nas unidades anteriores, mas a oficina constituiu-se da análise de textos previamente selecionadas em que os cursistas foram desafiados a identificar traços que caracterizassem intertextualidade. Um segundo momento foi destinado a organização dos cursistas em duplas para produzir paródias e paráfrases dos textos lidos.
O estudo do TP2 foi conduzido por meio da leitura do Caderno de Teoria e Prática cujo o conteúdo foi complementado por uma apresentação em Power Point previamente elaborada. Discutimos conceitos como variãção linguistica, texto, intertextualidade, gramática, arte e literatura, gêneros textuais, e como esses conteúdos podem e devem entrar nas aulas para os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e outros.
Dedicamos um tempo maior especificamente para trabalhar com a gramática e seus vários sentidos: gramática interna e o ensino produtivo, gramática descritivo e o ensino reflexivo, e gramática normativa e o ensino prescritivo. A apresentação versava também sobre arte, forma e função, e linguagem figurada com expressividade, figuras e linguagem literária, os elementos sonoros e sintáticos a expressividade. Realizamos algumas atividades de análise textuais e de imagens com a finalidade de compreender melhor os conteúdos em estudo.
Uma parte do tempo destinado à realização das oficinas foi utilizada para análise leitura e de portfólios e projetos de conclusão do curso. Apesar da brevidade do tempo, pudemos elucidar muitas das dúvidas apresentadas pelas cursistas. Ainda assim acredito que, por não estarem acostumados a produzir tal tipo de relato de ações, os cursistas precisariam de muito mais tempo e orientações para produção de tal instrumento.
Com o intuito de conhecer a opinião dos cursistas a respeito da Organização do Programa Gestar II elaboramos um instrumento, por meio do qual os cursistas puderam avaliar os seguintes aspectos do curso: estudos coletivos (presencial), estudos individuais (a distância), aplicação das temáticas (aplicação em sala), Temáticas abordadas; adequação do espaço físico; participação da coordenação municipal; cronograma dos encontros presenciais; carga horária das oficinas; cadernos de atividades; atuação do formador e autoavaliação.
Com o preenchimento do referido instrumento finalizamos as atividades do Programa nos municípios de Água Boa, Nova Nazaré e Cocalinho.
No período de 14 a 17 de abril de 2009 realizamos as atividades primeiras do Programa Gestar II nas cidades de Água Boa/Nova Nazaré e Cocalinho. Embora tivéssemos que atender a professores de três municípios, decidimos que por os professores da cidade de Nova Nazaré participariam do curso junto com os professores de Água Boa. Desta forma não se precisaria repetir as mesmas atividades em três localidades diferentes. Neste primeiro encontro realizamos duas oficinas de 4 horas cada e as mesmas se prestaram ao seguinte: apresentação do Professor Formador e do quadro de profissionais do CEFAPRO. Na ocasião este órgão encontrava-se em processo de reestruturação do seu quadro de funcionários e muitos dos formadores – incluído a mim – não eram conhecidos dos professores das escolas acompanhadas pelo CEFAPRO de Barra do Garças. Daí a razão de termos apresentado tal quadro. Realizamos uma dinâmica de apresentação (cursistas) “Colar expectativas e contribuições” . (Contribuição de Lilian). Na sequencia procedeu-se a apresentação da estrura do Programa Gestar II,apresentação do Guia Geral ,entrega das fichas do Professor Cursista e estudos sobre portfólio.O contato do professor cursista com o material de estudo (TPs, AAA do aluno e AAA do professor) a princípio se deu apenas de forma visual pois o material ainda não havia chegado às escolas. Além disso, discutiu-se ainda, cronograma das oficinas; Lições de casa / socializando, esclarecimentos sobre as oficinas esclarecimentos de dúvidas e diversas. Finalmente procedeu-se preenchimento de ficha avaliativa da etapa. (para meu controle)
A partir do segundo encontro passamos, então, a utilizar todo o material impresso, agora disponível também para os cursistas. Seguindo as recomendações dadas pelo Prof. Maurício, formador responsável pelo Gestar de língua portuguesa em nosso estado, iniciamos nossos estudos pelo TP 3. Sabe-se que a Nova Proposta Curricular de Mato Grosso, em fase de construção, e mesmo os Parâmetros Curriculares Nacionais, em vigor há algum tempo, apontam como possibilidade de o uso dos gêneros literários como um dos meios de ensino e aprendizagem capazes de render os melhores resultados para nossos alunos. No que diz respeito à prática docente, novos desafios se apresentam, e tornam evidente a necessidade de que o professor se aproprie dos conhecimentos teóricos produzidos sobre gêneros textuais e tipologia textual para ampliar as possibilidades de aprendizagem de seus alunos. Além disso, é preciso que ele consiga fazer com clareza e eficiência a transposição didática dos saberes científicos para que a aprendizagem aconteça numa interação entre informação, conhecimento e saberes múltiplos. Todavia, nem sempre nossas experiências com o saber são bem sucedidas. Deparamo-nos, algumas vezes com o insucesso nas escolas, onde a reprovação, a evasão e os baixos níveis de aprendizagem e a pouca participação dos pais no cotidiano da escola são indicativos do fracasso escolar.Penso que a metodologia desse programa nos fornece excelentes dicas de como melhorar a aprendizagem dos discentes e auxiliar outros professores, tornando o processo ensino e aprendizagem mais significativos.
Confiante no programa e em mim, mas ansioso, procuro motivar e interagir com os cursistas na intenção auxiliá-los construção do conhecimento e de uma nova prática de ensino. Os encontros acontecem de forma bem agradável, pois há participação e apreensão das atividades propostas.
Durante os encontros reservo uma parte do tempo para a socialização das atividades aplicadas em sala de aula. Que momento ímpar poder ouvir os discursos dos professores! Todo o material apresentado e produzido pelos cursistas como atividades feitas pelos alunos, relatórios, avaliação do TP faz parte do portfólio de cada um.Trabalhei o TP 3, procurando seguir as orientações recebidas durante a capacitação, fazendo leituras e pesquisas, explanando tópicos , realizando atividades individuais e em grupos, ou seja, enfocando todos os passos.
Os cursistas reconhecem a qualidade e aplicabilidade do material, e relatam que as atividades nas salas de aulas estão promovendo algumas mudanças. Eles afirmam que são momentos para trocar e aprimorar as experiênciasvivenciadas, além de propor alternativas para melhorar os resultados. São, também, aulas diferentes que estamos proporcionando para nossos alunos. O TP3 e o AAA3 são excelentes suportes, com linguagem fácil aplicável e diversidade de textos para o aprimoramento do fazer pedagógico. Alguns entraves são apresentados como o pouco tempo para a leitura e o desenvolvimento e avaliação das atividades do TP. Algumas literaturas citadas nas referências são desconhecidas para os cursistas. Sabe-se que ainda pairam muitas dúvidas não só no nível conceitual, mas também em relação à prática da sala de aula, na perspectiva dos gêneros textuais como objetos de ensino e aprendizagem.
O TP 4 tratou dos processos de leitura e escrita, iniciando com um texto sobre leitura, escrita e cultura e seguindo, nas unidades 14 e 15, com a discussão sobre processos de leitura. Para finalizando o caderno, tem-se a unidade 16, que relaciona as crenças e os fazeres na produção textual. A temática em estudo neste caderno é para mim uma daquelas mais importantes dentro do processo de aprendizagem. Parto do princípio de que saber ler e escrever são pré-requisitos básicos para o exercício da cidadania, é sabido que a sociedade está exigindo muito mais do que isso. É preciso ir além do código escrito. Faz-se necessário usar a leitura e a escrita no dia-a-dia, quer no papel, na tela, nos meios eletrônicos, em qualquer outro suporte e apropriar-se da função sintática delas.Então é oportuno ler, pesquisar, estudar a relação entre a cultura e os seus usos sociais e funções da escrita nos contextos em que vivemos assim como sua importância para o ensino. Além disso, é necessário refletir sobre os usos e funções da mesma, relacionar o letramento com as práticas culturais e produzir atividades de preparação para a escrita, considerando a cultura local, regional e a nacional.
No encontro em que estudamos a TP4 as leituras realizadas dão conta de que no trabalho com a leitura é fundamental observar, discutir e reconhecer o texto e o leitor como criadores de significados. Ficou claro também que é necessário relacionar objetivos elencados com diferentes textos e significados e conhecer a amplitude e o papel do conhecimento prévio que ato de ler compreende. Com essa perspectiva cabe à escola, sobretudo, desenvolver as competências de leitura e escritura como ações interrelacionadas. Parece ser esse o grande desafio dos cursistas que desejam ressignificar suas praticas. Há que se realizar diversas atividades que propiciem o desenvolvimento das habilidades de compreensão, leitura e produção textual até chegar a ler para aprender, ler para escrever, ler para viver e conviver.
Tudo o que lemos e escrevemos é um retrato significativo que envolve ações e interações sociocomunicativas. A expressão oral e escrita vem marcada de estilo e traços inconfundíveis que permitem a identificação do leitor e suas experiências como falante/escritor de seu meio. Os cursistas do gestar II tiveram a oportunidade de identificar, analisar e melhorar suas compreensões acerca de tais características textuais com a leitura da TP5, o referido caderno mostra que língua portuguesa é riquíssima em expressividade e os recursos são inúmeros, mas esse estudo ateve-se a quatro aspectos: som, palavra, frase e enunciação.Outro aspecto a que foi objeto de estudo e bastante exercitado nas oficinas que realizamos sobre a TP 5 é a interligação harmoniosa entre as partes de um discurso, de um texto, a fim de qualificar a compreensão, a inteligibilidade. Vimos que a coerência está ligada ao sentido do texto e quem atribui essa marca não é o escritor, mas sim o interlocutor. Logo o conhecimento de mundo se articula com o contexto linguístico. Quanto mais fácil for para o leitor/ouvinte perceber a boa organização das informações, mais simples será para compreender e interpretar o texto. No trabalho que realizamos com frases de jornais cuja redação apresentava falhas, verificamos que juntamente com a coerência, a coesão é responsável por manter a continuidade significativa das palavras de um autor. Em função delas, um texto não é um amontoado de palavras, mas é uma unidade de sentido.Para uma boa construção textual, a coerência e a coesão são responsáveis pela interpretação significativa e coerente de um texto. Então, torna-se necessário desenvolver atividades com a linguagem que nos mostrem o seu uso de forma lógica e harmônica, construindo assim a textualidade.A realização dos estudos propostos e execução dos exercícios levou o grupo a concluir que contribuir para aperfeiçoar o ato de ler e escrever requer planejamento, exercícios, leituras múltiplas e a certeza de que os gêneros textuais são relevantes na construção lógica do texto.
No TP 6, tivemos a continuidade do trabalho com gêneros com o estudo da argumentação e retomamos a produção textual, tratando das fases de planejamento, escrita, revisão e edição.
Nossos estudos começaram pelo texto argumentativo e, à medida que nos aprofundávamos no conteúdo, mais rico ele se mostrava, mais instigante e desafiante. Houve participação significativa dos cursistas, que encontraram exemplos práticos de argumentos, relacionando-os aos que estavam sendo estudados no TP, e que bem poderiam ser utilizados na conceituação de textos argumentativos pelos alunos durante uma aula expositiva. A praticidade experimentada pelos cursistas mostrou que as habilidades no trabalho com argumentação é de fácil compreensão quando partimos de modelos simples e próximos da realidade do interlocutor, seu conhecimento prévio e a proximidade com aquilo que ele conhece de mundo; é assim com o aluno. Quanto ao poder de persuasão ou convencimento, que o aluno identificará na linguagem verbal e não-verbal dos textos, será adquirido à medida que que forem se familiarizando com os diversos tipos de argumentos usados nas suas diversas funções sociocomunicativas. Uma apresentação em Power point intitulada Texto argumentativo dissertativo, elaborada por mim, serviu de complemento para melhor compreensão da unidade. Em seguida, os cursistas escolheram e retiraram um dos objetos que estavam em uma bolsa, (Detalhe: todos os objetos estavam com defeito) com a missão de, em dupla ou trio, produzir uma propaganda do produto, escolhendo argumentos convincentes e adequados a um determinado público e o suporte como mais uma estratégia para vender tal produto. O resultado foi um festival de risadas, se viu muita criatividade e a comercialização de objetos estranhíssimos e totalmente inutilizados, por isso mesmo os argumentos precisavam ser “mais que convincentes”.
A continuidade do estudo do TP6 aconteceu no mesmo encontro, no período da tarde. Estivemos realizando a oficina 12(unidades 24) que do processo de produção textual, com destaque para aspectos como revisão e edição. Foi um momento de extrema importância, por oportunizar que todos pudessem aprofundar seus conhecimentos sobre as etapas de produção textual. Vimos que a revisão é uma das etapas da produção que requer mais esforço para ser aprendida e utilizada pois requer prática de estratégias de releitura, reflexão e análise por parte do escritor que completa o trabalho quando desenvolve a edição, uma última revisão e reestruturação do texto. Do mesmo modo que fizemos ao trabalhar a argumentação, complementamos as informações estudadas na TP 6 com uma apresentação em Power Point, desta vez a tal apresentação recebeu o título de Reflexão acerca da leitura e da escrita. Após a leitura e análise das atividades propostas utilizamos o vídeo Aprende a aprender (que recebi por e-mail de Lilian uma colega formadora) que mostra de forma bem esclarecedora a postura que deve ser adotada por professor e aluno diante de uma situação de aprendizagem.
Nas ações e oficinas realizadas o grupo de cursistas de Cocalinho tiveram desempenho e participação semelhantes aos do grupo de Água Boa , a diferença é que lá, pelo fato de os professores estarem participando de outro evento, foi necessário realizar as oficinas no período da noite.
Os professores cursistas se mostraram bastantes interessados em moldar suas atuações em conformidade com aquilo que é proposto pela TP 6. Para mim a prática do que é proposto pode trazer excelentes resultados ao processo de produção escrita.
A cada encontro, avalio de forma mais positiva a metodologia do gestar e percebo o quanto é importante para os educadores compartilhar suas angústias, suas fraquezas, inseguranças e, acima de tudo, suas experiências que surtiram bons resultados, pois não há nada mais gratificante para um educador que o sucesso do seu educando.
Oficinas 1 e 2, TP 1 – (Dias 19 a 23 de Outubro) Nas duas localidades (Água Boa e Cocalinho) o desenvolvimento das oficinas seguiu um mesmo protocolo. Iniciamos o encontro com uma mensagem denominada “Professor...”, a intenção foi refletir sobre o ofício e homenagear estes profissionais que tanto tem contribuído para o progresso de seus alunos. Na sequência iniciamos os relatos das experiências e dos aspectos facilitadores ou dificultadores encontrados pelos cursistas durante a execução das atividades propostas.
Ao tratar sobre Variantes lingüísticas procedemos a uma rápida releitura das duas primeiras unidades da TP 1. Detivemos-nos um pouco mais nos aspectos que careceram mais esclarecimentos e complementamos com uma apresentação em slide denominada variedades-linguisticas1, nela procurou-se ilustrar diversas situações em que se identifica variantes lingüísticas. Como proposta de atividade deu-se preferência ao que trás a p. 169 da TP1. Sobre intertextualidade procedemos a releitura da mesma maneira que se fez nas unidades anteriores, mas a oficina constituiu-se da análise de textos previamente selecionadas em que os cursistas foram desafiados a identificar traços que caracterizassem intertextualidade. Um segundo momento foi destinado a organização dos cursistas em duplas para produzir paródias e paráfrases dos textos lidos.
O estudo do TP2 foi conduzido por meio da leitura do Caderno de Teoria e Prática cujo o conteúdo foi complementado por uma apresentação em Power Point previamente elaborada. Discutimos conceitos como variãção linguistica, texto, intertextualidade, gramática, arte e literatura, gêneros textuais, e como esses conteúdos podem e devem entrar nas aulas para os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e outros.
Dedicamos um tempo maior especificamente para trabalhar com a gramática e seus vários sentidos: gramática interna e o ensino produtivo, gramática descritivo e o ensino reflexivo, e gramática normativa e o ensino prescritivo. A apresentação versava também sobre arte, forma e função, e linguagem figurada com expressividade, figuras e linguagem literária, os elementos sonoros e sintáticos a expressividade. Realizamos algumas atividades de análise textuais e de imagens com a finalidade de compreender melhor os conteúdos em estudo.
Uma parte do tempo destinado à realização das oficinas foi utilizada para análise leitura e de portfólios e projetos de conclusão do curso. Apesar da brevidade do tempo, pudemos elucidar muitas das dúvidas apresentadas pelas cursistas. Ainda assim acredito que, por não estarem acostumados a produzir tal tipo de relato de ações, os cursistas precisariam de muito mais tempo e orientações para produção de tal instrumento.
Com o intuito de conhecer a opinião dos cursistas a respeito da Organização do Programa Gestar II elaboramos um instrumento, por meio do qual os cursistas puderam avaliar os seguintes aspectos do curso: estudos coletivos (presencial), estudos individuais (a distância), aplicação das temáticas (aplicação em sala), Temáticas abordadas; adequação do espaço físico; participação da coordenação municipal; cronograma dos encontros presenciais; carga horária das oficinas; cadernos de atividades; atuação do formador e autoavaliação.
Com o preenchimento do referido instrumento finalizamos as atividades do Programa nos municípios de Água Boa, Nova Nazaré e Cocalinho.
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